Não é que sumi, na verdade eu não sei por onde andei
Talvez tenha saído de mim e na verdade, e na verdade talvez nem tenha voltado
Descobri nessa longa caminhada, que o sofrimento me faz melhorar
E que nem todas as rimas deixam a prosa melhor,
Isso foi de todas as coisas que descobri a pior!
Talvez eu tenha realmente me perdido dentro da minha própria casa,
Entrei dentro da gaveta funda da sala e sai em um armário desconhecido, eu sai do armário!
Não é que me afastei, nem que dei um tempo, não, não é isso
Eu sempre soube por onde andei, ainda que perdido sempre soube o que passei
Na verdade para ser franco com você, eu quis sentar e olhar o movimento na praça
Quis viver a realidade alternativa que sempre falo...
(e posso dizer com certo grau de experiência que é mais fácil falar do que sentir)
Eu fui pra tão longe e fiquei tão perto...
Se bem que não sei o que quero, mas posso dizer que algo sempre ei de querer,
Ainda que não o diga, o penso, e isso você sabe
Dei meus pontos e claro e sempre tem nó
Eu cumpri mais uma parte do plano infalível do destino
Eu fiz muitas coisas, me droguei do meu velho amor
Não que eu quisesse reviver o meu passado, desse velho quero distância
Mas sejamos francos que algo do passado sempre é bom no futuro
Por isso guardei aqueles óculos ray ban que você me deu
Só joguei fora a minha calça boca de sino, pois eu vi que não cabia mais
Por isso quem sabe eu esteja tentando ganhar alguma forma, para caber nas roupas novas que comprei...
São apenas de tamanhos pequenos, todas elas, assim como meus sentimentos
Por onde eu andei nesse tempo eu devo ter deixado algo pra trás... Algo bom talvez
Ou talvez não algo ruim... Mas não vim falar sobre o que deixei, não aqui não agora...
Então para encurtar a prosa, eu fico aqui esperando e não esperando tudo ser como antes, mas sim esperando que seja melhor do que foi!
E para isso então o quero.
Sendo assim apenas espero!
