
Eu às vezes penso. (Só nas vezes que penso estar pensando.) Isso é o que eu acho...
Isso quando não estou bêbado, quando não estou drogado. (escrevendo isso, cadê meu cigarro?)
Eu às vezes penso em correr atrás... Mas correr atrás do que?
Que saudade o que...
Que amor o que...
Que alegria o que... (opa essa frase saiu quase que sem “quere”.)
Quando eu penso estar pensando sobre cada pensamento meu, então me pego vendo que penso, sendo que pensar me faz ver o quanto penso, e o quanto não saio do mesmo lugar... (que estranho, que chato, culpa da cidade? Da rua? Do mato?)
Então eu me vejo um chato, drogado, chapado... Bebendo grandes doses de poemas confusos, sem nenhum nexo, letras confusas retratando um cotidiano complexo.
Então eu paro, ouço um choro, não tenho pra quem pedir socorro, ganho uma pelúcia estranha, com amor dele, cheio de artimanha...
Como dizem o primeiro presente você diz que ama, finge estar contente... (Sorridente)
Tudo isso de fato é algo muito chato. Melhor parar aqui. Queria estar ai... Ou em qualquer lugar longe daquele quarto. Não queria ouvir choros, não queria ouvir nada de fato. Queria, queria estar calado.
Eu às vezes penso. Só às vezes que penso estar pensando. Isso é o que eu acho...
Isso quando não estou bêbado, quando não estou drogado. (escrevendo isso, cadê meu cigarro?)
Que alegria o que....